Vendas de automóveis com retoma incerta em 2010


A análise feita pelas marcas presentes no mercado português, bem como pela Associação Automóvel de Portugal (ACP) e pela Associação Nacional das Empresas do Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA), prevê uma pequena mudança, em 2010, no que toca à recuperação do Sector Automóvel.

Em 2009, os portugueses adquiriam 160.997 veículos de passageiros, menos 25% que em igual período de 2008, valor que, ainda assim, fora atenuado pelos incentivos do programa estatal do governo português para o abate de veículos em fim de vida.

Contudo, o programa terminou a 31 de Dezembro de 2009 e, apesar do Estado tencionar renová-lo e incluí-lo no Orçamento de Estado, o certo é que este só será aprovado em Fevereiro ou Março, factor que poderá atrasar a retoma do sector.

Para Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, «pior [do que o ano passado] é difícil, mas estamos longe da retoma», visto que mesmo a Renault, líder de vendas, teve quebras acima do mercado nos veículos de passageiros e comerciais de ligeiros.

Para Ricardo Oliveira, director de comunicação da Renault, haverá um «ligeiro crescimento» no sector, porém, «a manutenção do programa de incentivo ao abate é fundamental» para que este se concretize.

Depois de um ano em que o volume de vendas de veículos de passageiros registou o valor mais baixo desde 1988, é com alguma incerteza que algumas marcas iniciam 2010, acreditando, estas, que pouco mudará nos próximos 12 meses.

Segundo Fernando Monteiro, administrador da SIVA, distribuidora do grupo Volkswagen em Portugal, poderá haver «alguma recuperação das empresas, nomeadamente, nas de rent-a-car e nas empresas de gestão de frotas» em 2010, contudo, aquilo que prevê para este ano, para a SIVA, é a «estagnação» a nível das vendas de veículos.

Para José Ramos, vice-presidente da Toyota Caetano Portugal, a recuperação do sector vai depender de factores como a fiscalidade, «ainda bastante penalizadora para o consumidor final». A retoma, a existir, na perspectiva do vice-presidente da Toyota Caetano Portugal, deverá ser de valores na ordem dos 3%.

A Citroën, por sua vez, prevê para este ano uma «dinâmica idêntica» à de 2009. A Ford subscreve, por outro lado, as indefinições no sector, enquanto que a General Motors Portugal (GM) acredita que o novo Opel Astra poderá ajudar a inverter a quebra registada nas vendas de ligeiros de passageiros, de 45.9%.

AutoHoje

Sem comentários:

Enviar um comentário