Renault Roadshow Z.E.: a gama

Uma gama completa, composta por quatro propostas distintas, qualquer uma delas «zero emissões» na utilização e com preços de venda ao público que não deverão andar muito distantes dos valores das versões similares com motores térmicos. Eis o compromisso assumido pela Renault para participar na mais recente revolução da indústria automóvel, protagonizada pelo veículo eléctrico. Os primeiros elementos conheceram esta terça-feira solo português e chamam-se Fluence Z.E. e Kangoo Express Z.E.

Com a concorrência a crescer a olhos vistos, muita dela já com produtos finalizados e pronto a entrar em comercialização, a Renault assume assim a divergência, ao propor não apenas um único modelo «zero emissões», mas toda uma gama de modelos: um citadino de dois lugares, a que deu o nome de Twizy; uma viatura do segmento B, denominada ZOE; uma berlina familiar designada Fluence Z.E.; e um veículo comercial ligeiro, com a designação Kangoo Express Z.E.
Com chegada prevista ao mercado no Outono de 2011, aquela que é a versão electrificada do popular «veículo de entregas» Kangoo, produzida na mesma linha de montagem de Maubeuge de onde já saem as versões térmicas, deverá estar disponível com um preço de cerca de 20 mil euros (+ IVA, não contando, ao contrário dos ligeiros de passageiros, com o incentivo governamental de cinco mil euros), apresentando como principais atractivos uma autonomia anunciada de 160 quilómetros, uma velocidade máxima (limitada electronicamente) de 130 km/h, mas também uma capacidade de carga exactamente igual à da versão térmica: 650 kg de carga útil, a par de um comprimento de 3 a 3,5 m3. Limitações, só mesmo o facto de não dispor (pelo menos, para já) da possibilidade de carregamentos rápidos, exigindo sempre os «abastecimentos» ditos normais.
Já no que diz respeito ao outro modelo com chegada prevista também no Outono de 2011, o familiar Fluence Z.E., a versão eléctrica do modelo com o mesmo nome e também construído na fábrica de Bursa, na Turquia, deverá ter preços, em Portugal, a partir dos 21.620€, valor já com IVA e incentivo governamental incluído. Reivindicando não apenas a mesma autonomia de 160 quilómetros (as suas baterias podem ser carregadas através do modo rápido, normal ou trocadas através do modo quickdrop), como uma velocidade máxima anunciada de 135 km/h.

Finalmente, com lançamento agendado para mais tarde, surgem os restantes dois modelos da família Z.E.: o Twizy, uma solução de mobilidade urbana caracterizada por transportar os dois ocupantes em «tandem» (um atrás do outro), cujo início de comercialização está previsto para o final de 2011, e o ZOE, um veículo eléctrico de dimensões idênticas às do Clio, cuja chegada deverá acontecer em meados de 2012.
Veículo que procura ilustrar o novo lema da marca francesa, Drive the Change («Conduza a diferença», em português), construído na fábrica espanhola de Valladolid, o Twizzy deverá estar disponível, segundo os responsáveis da marca deixaram antever, por um preço semelhante ao de uma scooter de três rodas, caracterizando-se, na utilização, por uma extrema agilidade no trânsito urbano, capacidades de aceleração idênticas às das scooters, mas também uma autonomia optimizada de 100 km (a carga completa das baterias é feita em 3h30m)… e o facto de existir em duas versões: uma menos potente, com uma velocidade máxima de 45 km/h, que poderá ser conduzida por jovens a partir dos 16 anos, sem carta, e uma outra, mais potente, capaz de alcançar os 75 km/h, acessível apenas a encartados.
Quanto ao ZOE, proposta construída na fábrica francesa de Flins que a Renault prevê vir a ser o veículo eléctrico de grande difusão na gama, deverá apresentar dimensões e preço idênticos aos do Clio com motor térmico, mas também uma autonomia de 160 quilómetros, uma velocidade máxima anunciada de 135 km/h… além da possibilidade de ser recarregado através de um dos três tipos de carregamento disponíveis: standard, rápido ou porquickdrop.

Seja qual for a escolha, de salientar que a Renault procurou responder a todas as dúvidas sobre um dos aspectos mais sensíveis relativos aos veículos eléctricos, o da segurança, prometendo para todos elementos da família Z.E. os mesmos níveis de segurança activa e passiva que já detém nos seus modelos com motores térmicos. Garantindo-o atrvaés dos resultados obtidos com a realização de um significativo número de crash-test.
Entre as acções levadas a cabo no que diz respeito aos aspectos mais sensíveis, o construtor francês recorda o reforço não só da carroçaria, como da própria bateria (cuja temperatura é controlada de forma contínua); a aplicação da cablagem de forma a evitar todos os riscos de corte da mesma (sendo que, em caso de acidente, a energia é automática e imediatamente cortada); o facto de todo o conjunto de equipamentos electrónicos, eléctricos e electrotécnicos no veículo terem sido sujeitos às exigências de um caderno de encargos mais severo do que a regulamentação europeia; de toda a rede eléctrica de potência do veículo estar de tal forma isolada que permite a submersão total do automóvel sem quaisquer repercussões para os ocupantes, além de impedir também acidentes de electrocussão, em caso de intervenção no compartimento do motor.


Diario Digital 

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